terça-feira, 19 de abril de 2011

A busca de um caminho

Palmeiras ao vento, assim somos nós
Quando não sabemos mais o que resta, resta-nos a esperança de reencontrarmos o caminho a ser seguido… mesmo quando todos os sonhos parecem ter se diluído, quando todas as aspirações se desconfiguram no tempo bem diante de nossos olhos resta-nos viver para conseguir reconstruir nossa caminhada…
A vida muitas vezes dá guinadas incompreensíveis em uma impressionante velocidade que é capaz de nos deixar tontos, um estado de torpor de quem se vê como se estivesse fora de seu próprio corpo, um autômato, sem perceber, sem sentir, apenas com a consciência de que é possível respirar…
As dificuldades, as voltas que a vida dá, são percalços… são distorções… são acontecimentos que nos mostram a fragilidade de nosso ser. Somos verdadeiramente frágeis, mas uma fragilidade paradoxal, na qual conseguimos, tal qual uma palmeira ao vento curvamo-nos diante da ação do vento, mas ele não derruba a fraca/forte palmeira… ela se curva, aguenta dores, inclinações impensáveis, mas resiste, assim que o vento se perde no horizonte, lá está ela outra vez: pronta para enfrentar qualquer vento…
Quando nada mais parece restar a nós, ainda resta a nós mesmos. Mesmo quando nos sentimos terrivelmente sozinhos, mesmo quando os sentimentos nos sufocam, afligem, angustiam… mesmo quando o nosso mundo parece desabar sobre nossas cabeças… quantas vezes forem necessárias seremos capazes de reconstruir nossas vidas, rebuscar nosso rumo, encontrarmos sentidos, até mesmo quando eles não estão aparentes…

Por: Edi Souza 

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