terça-feira, 19 de julho de 2011

Planejar: um caminho para a frustração?

Estava pensando em planos. Planos. Palavra simples que remete a tantas coisas. No  meu divagar, cheguei a algumas afirmativas. Primeiramente a respeito do que a vida nos oferece. É tão estranho verificar que a vida no leva para onde quer e não para onde queremos. É tão complexo viver. É tão intenso… outra indagação: para que tantos planos se de uma hora para outra a vida muda completamente de rumo? E a partir desta transformação você precisa se readequar, se redescobrir e buscar novos motivos, novos caminhos.
A vida muda constantemente. Nada que vivemos no presente será igual no futuro mesmo que vivido da mesma forma, pois nós, certamente, estaremos modificados, assim sentiremos de outra forma, quem sabe mais intensa, ou  menos, mas nunca do mesmo jeito. Um exemplo disso é uma montanha russa, daquelas perfeitas, cheias de loopings e muita adrenalina. Qualquer pessoa que tiver o prazer de desfrutar minutos intensos neste brinquedo, pode procurar na mesma montanha russa a mesma sensação da primeira vez que não a encontrará. Estaremos modificados porque já aprendemos com a emoção anterior, estamos diferentes. A emoção ainda está lá, mas já não é a mesma coisa.
As pessoas são outro exemplo desta modificação pela qual passamos. Elas vêm e vão em nossas vidas e todas têm a sua importância. Mas na realidade ninguém fica. Há um eterno caminhar, um eterno relacionar-se, uma eterna busca pelo primeiro sentimento, pelo primeiro momento.
Estou acreditando que é melhor mesmo nos reinventarmos a continuarmos planejando. O erro está nos planos ou em nós mesmos? Será que há erro?
Vários planos já povoaram minha mente e, de repente, tudo mudou, mas isso é ruim? Não, não é. Simplesmente porque algo melhor se anuncia no horizonte, uma imensidão de compreensão, de carinho, de amor… uma nova vida se mostrando no início, uma nova paixão que aflora, que chega, que se instala, que vem para me modificar ou me revelar o valor de tanta coisa.
Agora não quero planos. Quero apenas desfrutar cada minuto, cada instante, cada momento… como se fosse sempre a primeira vez.
Por: Edi Souza

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