O que resta de tudo que se vai? Um retrato… uma lembrança que vai se esvaindo aos poucos, umas poucas tentativas de manter tais lembranças e imagens que por tanto tempo povoaram o nosso caminhar? Um traço de sonhos perdidos pelo caminho? Uma solidão, quem sabe…
Tantas coisas vêm e vão em nossas vidas e sempre tentamos resgatar, quando o mais correto é descartarmos de vez, darmos um passo à frente, tentarmos viver de outra forma. Os melhores dias de nossas vidas parecem sempre já terem passado, pois o passado guarda sempre aquela antiga lembrança de quando não tínhamos preocupações, tantas responsabilidades, tantos medos, mas todos estes fatores sempre estiveram lá, a diferença é que agora é outro tempo e acabamos por não nos lembrarmos de toda a angústia, solidão, desesperança, preferimos nos agarrar na ideia vaga e ilusória de que “éramos felizes e não sabíamos”.
Como diz uma música que acho linda “dust in the wind”, tudo poeira no vento… cada momento que vivemos é apenas isso, poeira no vento… todos os momentos, todos os sentimentos, todas as relações, todos os vislumbres de felicidade, tudo poeira no vento, pois todos estes fatores são varridos para longe numa fração de segundos, mas deixam um rastro atrás de si e acabam sendo eternos na lembrança, na imensidão e na tristeza infinda expressas no olhar, nos silêncios profundos e longos…
“Eu era feliz e não sabia”… pensamento atroz que nos impede de voar além, buscar o novo de novo e ver que podemos descartar a tristeza ou fazer dela o cimento para a construção de algo melhor, mais produtivo e quem sabe imaginarmos que os melhores dias e os melhores momentos ainda estão por vir…
Por: Edi Souza
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