quarta-feira, 28 de julho de 2010

Praias, só na temporada

É impressionante o descaso com que os administradores tratam a população e suas necessidades básicas. Infelizmente a infraestrutura de alguns municípios que vivem em grande parte dos lucros advindos com a temporada de verão, como é o caso de cidades litorâneas próximas a Paranaguá, não recebe o incentivo e investimento do Poder Público durante o inverno.

Ao andarmos pelos balneários da vizinha cidade de Pontal do Paraná, podemos observar o abandono. Será que os governantes pensam que só há pessoas nessas localidades no verão? Esquecem que há moradores durante todo o ano? Além disso, por que esperar tanto para começar os investimentos e as obras para melhor acolher os turistas?

Há muito tempo ouvimos as lamúrias paranaenses que estamos perdendo turistas para as vizinhas praias catarinenses. Isso é de se esperar. As praias catarinenses estão preparadas para atender aos seus visitantes, têm estrutura boa, limpeza, conservação, rede hoteleira, lanchonetes, restaurantes… tudo que um viajante em férias procura, além disso, não conta com um altíssimo valor de pedágio para um curto espaço de rodovia…

Aqui, nos nossos balneários, há muito se fala em conter o avanço das águas em Matinhos, por exemplo, como também em outros locais, e o que se tem feito? As calçadas continuam sumindo gradativamente… a cada ano, fala-se em fornecer cursos para melhor atendimento ao turista e o que acontece? Nenhum investimento, nenhuma contrapartida. Parece que nossas praias só existem durante quatro meses, a estação de verão. Fora isso, os políticos não percebem que há praias e as casas continuam fechadas e aparentemente a cidade também, mas e a população?

É preciso atenção às praias durante todo o ano. É preciso investimento paulatino na infraestrutura, na segurança, na criação de empregos e outras fontes alternativas de renda para que os moradores não dependam apenas da temporada. É preciso pensar nos municípios, planejar e fazer algo de concreto pelas pessoas, pelos eleitores.

Por: Edi Souza 

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