Coruja ao lado da toca no Rocio, Paranaguá |
Hoje, não paramos mais para conversar, para compreender, para escutar, seja uma pessoa próxima ou mesmo um desconhecido que precisa de um pouco de atenção, mas acima de tudo, não vivemos a vida em sua plenitude. Ocupamos-nos demais com nossos afazeres diários e esquecemos de olhar para o outro e nisso, começamos a atribuir adjetivos a todos: um é esquisito, outro é desajustado, aquele é quieto demais, outro só pensa em si mesmo… e por aí vai…
Passamos pela vida de muitos e a vontade de que simplesmente nos vejam é latente. Quantas pessoas vivem verdadeiros tormentos internos, conflitos interiores, dilemas, situações embaraçosas e se veem entregues a si próprias, pois aqueles que estão ao seu lado não conseguem entender os sinais, os apelos que falam apenas uma verdade: “ei, cara, preciso de ajuda, será que alguém me escuta?”. Não, os ouvidos estão surdos, os olhos cegos e a boca muda.
No fundo todos nós queremos compreensão, amor, amizade, respeito… entre todos estes atributos o que mais buscamos é o amor. Mas, “por que não me olhaste? Se tivesses olhado para mim, terias me amado…”. É preciso olhar as pessoas com olhos atentos, é preciso entender a linguagem não dita e assim nos surpreendermos a cada momento com a maravilha de cada pessoa, com a singularidade de cada indivíduo, com as múltiplas faces de cada ser humano, com a facilidade que temos de sorrir, de amar, de entregarmos a nossa vida a quem de verdade nos fornece o eco, o entendimento, a verdadeira arte de amar e de viver.
Por: Edi Souza
muito lindo o texto.... vc retratou nosso lado mais egoísta: "estamos sempre querendo pra nós o que não permitimos nunca ao outro"
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