Shangri-lá - Pontal do Paraná - julho de 2010 |
Como entender? Como explicar? Há momentos que procurar uma explicação torna-se uma luta vã… como conceituar aquilo que só podemos sentir? O que sentimos é melhor deixar para a esfera dos sentimentos, deixar para o subjetivismo, para o intimismo. Há coisas que nasceram apenas para ser sentidas, não há como explicar…
Como explicar a felicidade que chega sorrateira em um momento no qual as nuvens tumultuavam nossa existência? Como explicar o poder de um sorriso? A transformação que um simples olhar pode causar em uma pessoa? Apesar da impossibilidade de haver olhares simples, todos são complexos, cheios de significados e significantes, cheios de mensagens ocultas e explícitas, cheios de nós mesmos…
Como explicar o amor que nasce, que surge, que vai, que vem, que altera cursos de vidas, que altera caminhos, que mexe com o íntimo dos seres enamorados? Como explicar a tristeza? A solidão? Como explicar a dor que causa a distância, a que chamamos de saudade?
Saudade… personificação da ausência sentida. Com pode um sentimento se tornar numa dor tão concreta, tão física, tão presente? A saudade dói. É uma dor intensa, que cala fundo na alma, que invade sem dó nem piedade… saudade é um paradoxo, pois só existe quando estamos repletos e é caracterizada por um imenso vazio.
Saudade é ser antes de ter, é ter e saber que tem, é ser e saber-se completo, mesmo sentindo-se pela metade, saudade é um que sempre é dois, ou mesmo dois que se transformam em um. Saudade é estar e faltar.
Saudade é um caminho trilhado em companhia, mesmo quando se está só.
Por: Edi Souza
Lindo texto. Falar de saudade não é fácil, é coisa que só quem sente entende. Só quem sente, mesmo quando está junto pode compreender.
ResponderExcluirParabéns, amiga.
Abraços
Obrigada, Fer, grande companheira e quem arrumou meu blog. Seus comentários são valiosíssimos.
ResponderExcluirBjss