Ainda é cedo. É cedo para tudo. É cedo para ir, assim como para vir, é preciso o tempo, a angústia do tempo, a solidão do tempo, a presença do tempo… cedo ou tarde? Tarde para muitas coisas, cedo para tantas outras… é cedo para nós e tarde para o outro nós. É tarde para as pessoas que fomos e que estão abandonadas, jazidas em recantos obscuros de nossa memória. Aquelas pessoas tristes, melancólicas que atormentavam a nós mesmos, que nos sufocavam, que se aproximavam com suas caras tristes e riam de nossas tristezas plantadas por nós mesmos… é tarde para os nossos reflexos carregados de solidão…
Agora é cedo, cedo como um amanhecer cheio de orvalho, de gotículas de felicidade, cedo… simplesmente cedo para novas pessoas, rejuvenescidas e cheias de vigor, de vida. Novas pessoas. Novas velhas pessoas ou novas pessoas velhas? Não, novas essências, novos motivos, nova visão… a vida se desdobra à frente de quem sabe encontrar os caminhos para vivê-la, quem sabe se agarrar a esta vida em todos os aspectos e lampejos de felicidade.
É cedo. Amanhece para nós, pois temos como diria Renato Russo “todo tempo do mundo”. Temos o hoje e um eterno amanhã, temos este presente para construirmos um caminho, para construirmos um destino permeado por todos os quesitos capazes de nos trazer felicidade. Temos as pessoas ao nosso lado… temos todas as formas de evitar a solidão e a tristeza, pois temos o amor.
Por: Edi Souza
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